A artemísia é uma planta oriunda de áreas de clima temperado, mas é encontrada em todo o mundo. Que bom! Afinal, Artemisia vulgaris é considerada uma das espécies mais completas da flora medicinal. É dela que obtemos o óleo de Artemísia, nosso tema de hoje.
O óleo essencial de artemísia é fortemente aromático. Destilado da planta toda, ele tem entre suas propriedades: tônica, vermífuga, emenagoga, reguladora da menstruação, tônica, antiespasmódica e colagoga, para citar apenas alguns exemplos.
Os bioativos responsáveis pelas funções medicinais dela são o canfeno, cineol, alfa tujona, beta tujona e cameraphono. Para extrair o óleo essencial da artemísia é preciso destilar folhas, flores e brotos a vapor.
Há milênios, a artemísia proporciona uma das formas mais simples e importantes de tratar diversas enfermidades e desconfortos que atrapalham o bem-estar de homens e mulheres dos quatro cantos do mundo.
Mas Artemisia vulgaris sempre teve destaque como solução para os problemas tipicamente femininos. Desde a antiguidade, a planta é famosa por auxiliar em questões dos ciclos menstruais.
No entanto, assuntos ligados ao aparelho digestivo e combate a vermes também fazem parte da história de uso desta plantinha na fitoterapia. Especialmente devido seu óleo essencial, que tem ação diurética, estomacal, hemostática e antibacteriana.
E ainda: gregos, egípcios e romanos faziam uso da artemísia tanto como planta medicinal quanto como elemento de rituais religiosos, além de utilizarem o vegetal em espécies de feitiços no campo amoroso.
Aliás, seguindo essa linha, digamos assim, em países como a Inglaterra – e outros na Europa, há relatos de uso da planta em magia negra e bruxaria.
Uma curiosidade: a artemísia possui este nome em homenagem à deusa protetora das virgens, Ártemis, que também simboliza a deusa da nutrição e proteção. E já foi considerada uma ‘planta mágica’, pois acreditava-se que ela era capaz de aumentar os poderes psíquicos.
Rituais à parte, o fato é que nada tira da artemísia suas vantagens terapêuticas. A China, país que costuma levar à sério o que aqui chamamos de medicina alternativa (lá é medicina tradicional chinesa), sempre aproveitou esta espécie para sanar inúmeras doenças.
Saiba mais sobre a artemísia
Diz-se que no Himalaia a folha de artemísia é utilizada para estancar hemorragias nasais, bastando colocar algumas delas enroladas dentro das narinas.
Umas gotinhas de óleo essencial dentro do sapato são o suficiente para acalmar pés doloridos. O óleo de artemísia serve até de repelente de insetos, chegando a matar suas larvas – tamanha é a variedade de soluções que a planta pode proporcionar.
Pensa que acabou? Não… tem mais! Quando não se conhecia o lúpulo, era a artemísia que servia de ingrediente principal para fazer a cerveja.
Antes disso, na Antiguidade, era usada para conservar cadáveres. Já no século XIX, entrou em cena ao fazer parte da bebida mais polêmica da história da Europa, o absinto (‘fada verde’).
Existem na verdade mais 1.100 espécies de Artemisia vulgarias. O que fez cada cultura usufruir de seus benefícios das mais variadas formas ao longo do tempo.
Com tantos nomes, é natural que os resultados a respeito dela sejam de certa forma imprecisos ou que a planta seja confundida com outras. Cá entre nós, o que não deve ser difícil de acontecer com muitas plantas medicinais, não é mesmo?
Mesmo assim, o uso tradicional vem servido de base para pesquisas em universidades, inclusive aqui no Brasil, a respeito das propriedades medicinais da artemísia na composição do que seria a primeira vacina do mundo para curar a malária.
A doença atinge mais 350 milhões de pessoas no mundo inteiro e sempre foi combatida com quinino presente na quina.
Em toda a Ásia, a luta contra a malária há muito tempo tem como aliada importante a artemísia.
Bem, agora que você já conhece um pouco mais sobre o óleo de artemísia e a planta que dá origem a ele, que tal conversar com seu médico para ver se é possível melhorar suas condições de saúde aproveitando estes itens que a natureza fornece?
Boa sorte, e até breve!
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