Seu aroma é quente, amargo e apimentado. Desde os tempos mais remotos, a mirra é usada na aromaterapia para fortalecer a espiritualidade e criar o clima certo para meditar e orar. O óleo de mirra é extraído desta planta e consegue manter as principais propriedades dela.
Para preservar os elementos físico-químicos, é preciso que a extração do óleo essencial de mirra seja feita a frio. Um processo que acontece por meio do aproveitamento da resina da Commiphora myrrha.
Esta árvore de pequeno porte e cheia de espinhos é oriunda do nordeste da África e regiões semidesérticas do Oriente Médio. É conhecida também como incenso, mirra verdadeira e mirra arábica, sendo parte da família das Chenopodiaceae.
Assim como a própria planta, o óleo de mirra é versátil e foi ganhando novas aplicações ao longo dos anos. Hoje, o produto serve até de ingrediente para fabricação de cremes, loções corporais, xampus e perfumes, entre outros cosméticos.
Indicações do óleo de mirra
- Regenerar tecidos
- Prevenir o envelhecimento celular precoce
- Proporcionar unhas e pele mais saudáveis e bonitas
- Agir em casos de gangrena, úlceras na pele, rachaduras nos pés e furúnculos
- Atuar como protetor do organismo de doenças como faringite, bronquite e resfriados
- Auxiliar no tratamento de inflamações no trato respiratório, boca e gengiva
- Inibir o acúmulo de catarro, proporcionando a redução de doenças nos pulmões
- Servir de tônico para o estômago
- Minimizar diarreia e flatulência
- Ajudar no combate à acidez estomacal e às hemorroidas
Estas e outras capacidades terapêuticas do óleo de mirra são decorrentes de bioativos que compõem o vegetal e contam com funções descongestionante, antifúngica, antisséptica, anti-inflamatória, antibacteriana etc.
E mais: é importante destacar que a mirra costuma ser empregada como agente revigorante em situações em que a pessoa apresenta apatia, desânimo e sensação de fraqueza, além de proporcionar efeito calmante quando os ânimos estão alterados.
Os usos e aplicações da mirra incluem ainda: contusões, dentes moles, desodorante corporal, dores de garganta, entorses, nevralgia e torcicolo.
A mirra na história, curiosidades e usos
Quando o arbusto é cortado, a seiva da mirra escorre em gotas – o que deu à planta o apelido de ‘lágrimas amargas’.
Não resta dúvida da importância da mirra arábica na farmacopeia chinesa e ayuverdica. Os ocidentais aprenderam com os povos do Oriente a utilizar a planta em diversas ocasiões.
Mas vem dos tempos mais remotos essa verdadeira história de amor pela mirra…
A tradição cristã coloca a mirra como um dos presentes que os Reis Magos levaram ao menino Jesus em seu nascimento.
Já os egípcios antigos aproveitavam a planta para mumificar os corpos.
Hebreus e gregos adicionavam mirra ao vinho em busca da intensificação dos sentidos.
Atualmente, o óleo de mirra tem aplicação alimentícia, farmacêutica e cosmética. Uma dica para deixar os cabelos mais fortes e brilhantes é misturar este óleo com máscaras capilares e hidratações.
Para consumo na cozinha, por exemplo, o ideal é ingerir o óleo in natura – uma ótima opção para pratos frios e saladas. O produto não deve ser usado em frituras.
Precauções e advertências sobre óleo de mirra
A mirra pode interferir no tratamento da diabetes. E não deve ser utilizada por gestantes ou lactantes.
É preciso ficar atento a possíveis intolerâncias ao óleo de mirra. Para usar o produto com mais segurança, faça um teste de sensibilidade: aplique uma pequena quantidade de óleo de mirra na parte interna do braço e espere cerca de 1 hora. Se notar qualquer reação desagradável, não prossiga com o uso.
Há controvérsia sobre o uso interno da mirra. Por isso, não dispense uma conversa com um profissional especializado para tirar todas as dúvidas em relação ao consumo da planta ou do óleo de mirra antes de iniciar um tratamento.
Cuide-se! Até mais…
Deixe seu comentário!