O Óleo de Lorenzo ficou mundialmente famoso quando, em 1992, ganhou as telas de cinema em comovente interpretação de Nick Nolte e Susan Sarandon. No papel do casal Odone, essa dupla reviveu a luta real de pais para salvar a vida de seu filho.
Odone e Michaela batalharam até criar uma mistura derivada de óleos alimentares naturais que tratasse a Adrenoleucodistrofia do pequeno Lorenzo, que tinha 6 anos quando foi diagnosticado portador do problema. Assim surgiu o Óleo de Lorenzo.
Hoje, você vai entender melhor o contexto das pessoas que participaram do desenvolvimento dessa fórmula que mudou a vida de muita gente.
A começar é claro, do próprio Lorenzo que, contrariando as expectativas médicas da época, viveu até os 30 anos de idade, em vez da previsão de 6 anos no máximo.
A Adrenoleucodistrofia (ALD) é uma doença extremamente rara que provoca mutações genéticas. Por sua vez, elas levam à incurável destruição do sistema neurológico. O resultado: falha cerebral e morte prematura. Mas, para a família Odone, não assim tão rápido e sem buscar alternativas.
Tomado pelo amor, pela frustração diante da falta de um medicamento para um mal desse porte e pelo aterrador prognóstico, o italiano Augusto Odone, um ex-economista do Banco Mundial, aprendeu a fazer o composto conhecido como Óleo de Lorenzo.
Com ajuda da mulher, estudou – e descobriu – um jeito de deter o avanço da doença. Mais tarde, pesquisas confirmaram o que os pais de Lorenzo descobriram: que o produto atrasa os sintomas da ALD.
Óleo de Lorenzo: composição e modo de agir
O Óleo de Lorenzo é um suplemento alimentar com trioleato de glicerol e trierucato de glicerol, utilizado no tratamento da Adrenoleucodistrofia.
Essa enfermidade, também chamada posteriormente de Doença de Lorenzo, causa desmielinização dos neurônios e é provocada pelo acúmulo de ácidos graxos de cadeia muito longa no cérebro e na glândula suprarrenal.
O óleo inventado pelos Odone ajuda a normalizar os níveis desses ácidos graxos; diminui os riscos de degeneração em pacientes ainda sem sintomas e pode melhorar (e prolongar) a qualidade de vida de alguns já sintomáticos.
Em geral, o modo de uso do Óleo de Lorenzo consiste na ingestão de 2 ml a 3 ml por dia. Mas a dosagem deve ser específica, de acordo com o estado de saúde de cada um.
Embora raros, os efeitos colaterais do Óleo de Lorenzo podem ocorrer, sendo os mais comuns hematomas e sangramentos.
Ele não deve ser administrado em pessoas com diminuição do número de plaquetas no sangue, trombocitopenia, ou com redução de glóbulos brancos, neutropenia.
Mulheres grávidas e lactantes não devem consumir o produto, pois não existem estudos que demonstrem sua segurança e eficácia nesses grupos.
Mais sobre o Óleo de Lorenzo, os Odone e a Adrenoleucodistrofia
A ADL acomete 1 a cada 25 mil pessoas, e é ligada ao cromossomo X. Com a deficiência da proteína transportadora de Acil-coenzima A, que leva ácidos graxos para o interior dos peroxissomos, acontece a concentração desses elementos principalmente na adrenal e no sistema nervoso central.
A Adrenoleucodistrofia deve ser cogitada quando um jovem do sexo masculino apresentar indícios de hipocortisolismo e distúrbios neurológicos, como alterações das funções vesical e sexual e/ou espasticidade de membros inferiores.
Augusto e Michaela Odone mergulharam fundo nesse universo e, depois de inúmeras pesquisas, chegaram a um óleo terapêutico, o Óleo de Lorenzo.
Ao interromper a síntese dos ácidos graxos, ajudaram a frear não somente a ALD, como também a evolução de diversas outras doenças desmielinizantes.
Uma importante contribuição à medicina que deu ao pai de Lorenzo o título de Doutor Honorário.
Lorenzo Odone faleceu no dia 30 de maio de 2008, aos 30 anos de idade, por broncoaspiração. Antes da obstinação e pioneirismo de seus pais, no entanto, a expectativa de vida para enfermos como ele era de, no máximo, dez anos.
Que lição, não é mesmo?
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